Cuba agradece solidariedade de comunistas franceses contra bloqueio
O embaixador de Cuba na França, Otto Vaillant, agradeceu hoje a solidariedade do Partido Comunista Francês (PCF) e seu apoio na luta contra o bloqueio dos Estados Unidos.
Obrigado aos comunistas franceses por seu apoio a um povo que enfrenta o mais longo bloqueio, uma política injusta, desumana, genocida e ilegal de sucessivas administrações, que nos privou da vida, do desenvolvimento e da paz, disse ele ao discursar como convidado na 39ª Congresso do PCF, que se reúne em Marselha de 7 a 10 de abr.
O embaixador denunciou que o cerco econômico, comercial e financeiro impõe sofrimento, além de Cuba, ao mundo por seu alcance extraterritorial.
Vaillant enfatizou no Palais du Pharo, na cidade do sul do Mediterrâneo, que apesar dos ataques, a Revolução Cubana continua imbatível.
Em suas palavras, ele transmitiu ao conclave e ao secretário nacional da entidade, Fabien Roussel, uma mensagem de amizade e fraternidade do Comitê Central do Partido Comunitário do país caribenho e seu povo.
Cuba avançará com a unidade de seu povo e a solidariedade internacional, afirmou entre os aplausos do público. O diplomata ratificou em seu discurso a solidariedade da ilha com a Palestina, vítima da ocupação ilegal e dos crimes cometidos pelo governo israelense.
Antes da mensagem de Vaillant, a jovem dirigente do PCF Charlotte Balavoine apresentou ao 39º Congresso uma campanha de ações de apoio a Cuba contra o bloqueio estadunidense.
A iniciativa vai desenvolver-se a dois níveis, o político para exigir o fim do cerco de Washington, e o centrado na promoção da cooperação e intercâmbio cultural e desportivo, explicou.
Segundo Balavoine, a campanha promovida pelo secretário nacional Roussel exige o acompanhamento dos militantes comunistas, num esforço conjunto com associações, sindicatos, colegas e amigos de outras partes da Europa e autarquias locais, regionais e nacionais eleitas.
Nesse sentido, mencionou a importância de se chegar a acordos e alianças com a maior das Antilhas, de modo a conter as consequências de um bloqueio reforçado pela administração de Donald Trump, agressividade mantida pelo seu sucessor na Casa Branca, Joseph Biden.